A fidelidade e a justiça

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“Os quais por meio da fé… praticaram a justiça” (Hebreus 11.33) Um dos maiores clamores do ser humano é a justiça. Advogado, testemunhas, jurados, ou mesmo réu. Qual e o seu papel preferido? O que você usualmente mais faz? Sentencia muito? Você acusa muito? Defende muito? Depõe muito? Ou se coloca muito na condição de réu? A fé no Deus que é a nossa justiça nos desafia a compreender a Sua justiça e andar em fidelidade para com ela. Alguns costumam dizer: “Deus é amor, mas também é justiça”. Usam essa expressão para dizer: “Eu não serei mais tolerante com você, você passou da minha medida de misericórdia”. Não é fácil ser justo. Na verdade, com nossos méritos, é impossível. Por isso a Bíblia diz que, em nossa humanidade, a justiça de Deus é inatingível (Salmo 14.1-3; Romanos 3.10). Mesmo aquilo que desperta nossa indignação não significa que seja considerado como justiça: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.” (Tiago 1.20) A justiça nasce no coração de Deus, mas a fidelidade nasce em nossos corações através da fé: “A fidelidade brota da terra, e a justiça olha desde o céu.” (Salmo 85.11) Portanto, nosso desafio e beber da Palavra que vem da Bíblia, vivificada pelo Espirito Santo, para que possamos andar na justiça sobrenatural da fidelidade e da prosperidade social e espiritual. 1 – A opinião popular não reflete a justiça de Deus e não podemos nos deixar contaminar por ela: “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça.” (Êxodo 23.2) Ainda que vivamos numa democracia, a voz do povo nao e a voz de Deus. 2 – Nada ficara oculto: “O Senhor trouxe a luz a nossa justiça; vinde e anunciemos em Sião a obra do Senhor nosso Deus.” (Jeremias 51.10) 3 – Nao podemos fugir em nos mesmos da justiça de Deus: “Não ocultei dentro do meu coração a tua justiça; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; nao escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.” (Salmo 40.10) 4 – Jesus materializa a justiça de Deus em nos: “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus.” (2Corintios 5.21) Mas o que eu devo fazer para ser como Jesus, o Justo de Deus? 1 – Ver como Deus vê. Ele faz muitas coisas boas, mesmo para quem não merece, e isso parece injusto para quem se acha merecedor (Mateus 5.44,48; 20.8,16). 2 – Entender que Jesus quer alcançar os injustos com a Sua misericórdia (Mateus 9.13). 3 – Incentivar e recompensar a justiça, segundo o critério de justiça de Jesus: “Quem recebe um profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá a recompensa de justo.” (Mateus 10.41) * 4 – Não agir na letra da Lei, impulsionado pelo legalismo dos comandos humanos, só porque está escrito, ou porque o líder mandou, mas desejar ser justo de coração, espirito, alma e corpo: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” (Mateus 23.28) 5 – Saber que e a justiça interior de um coração transparente que revelara nosso caráter de libertação, salvação, cura e maturidade: “Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.” (Mateus 13.43) 6 – Sair da autocondenação legalista que só atrai a culpa e a paralisia social. Devemos considerar sempre a hierarquia dos propostos de Deus, que, as vezes, parecem injustos (Eclesiastes 7.16; Mateus 5.45). 7 – Viver a natureza de Jesus tão cotidianamente que ela será muito mais percebida pelos outros que por nós mesmos: “Então os justos Ihe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber?” (Mateus 25.37) 8 – Esperar uma recompensa mais completa e eterna, que vai além das recompensas terrenas que receberemos: nE irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.” (Mateus 25.46) 9 – Saber que a nossa justiça em Cristo incomodara mesmo os que não a conhecem (Mateus 27.19). 10 – Quem se isola em seu projeto nao alcança a justiça de Deus, mas quern obedece a visão do Pai será justificado por Ele mesmo (Joao 5.30-52). Conclusão: A justiça não é um conceito ou um comportamento, a justiça e uma pessoa: Jesus, materializado na fidelidade do Seu Corpo, a Igreja, vivificada pelo Seu Espirito, que e o Espirito Santo da graça, do confronto, do perdão, do arrependimento e da libertação de toda a injustiça (1 João 1.9).