A fidelidade e a consolidação

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“E que mais direi? Pois me faltara o tempo, se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas.” (Hebreus 11.32) Quando alguém escolhe seguir a direção de Deus em sua vida, entra para uma lista eterna de sucesso em Cristo Jesus, que nos faz mais que vencedores. Quem foi o herói Samuel? Qual é sua história? Os que leem a Bíblia sabem que Samuel foi fruto de um milagre na vida da sua mãe, Ana, que era uma mulher estéril. Ele foi um presente conquistado em oração e fidelidade a Deus. Ana fez o voto de ofertar o próprio filho, quando nascesse, para servir na presença do sacerdote Eli, na casa do Senhor. Samuel, ainda menino, aprendeu a ouvir a voz de Deus. Ele aprendeu a se separar das mas companhias, que eram os próprios filhos de Eli. Este havia sido um sacerdote omisso em sua casa, embora o nome, Eli, tenha um significado de benção, pois quer dizer: “Grande” ou “aquele que cresce”. Entretanto, este Eli não cresceu no entendimento das coisas de Deus, embora fosse sacerdote. Eli foi sucedido por Samuel, que foi o último juiz sobre Israel. Samuel foi rejeitado pelo povo, mas sua intimidade com Deus era tão grande que Deus Ihe disse na ocasião em que o povo o rejeitou: “Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles.” (1Samuel 8.7) Samuel foi o homem de Deus que ungiu os dois primeiros reis de Israel: Saul e Davi. Esta missão de ungir reis sempre foi um atributo dos homens de Deus, mas hoje não é muito diferente: você, como profeta de Deus, unge os que governam, com as orações e os votos. Se forem maus, diante de Deus, como Saul, perderão o “reino”, ou o mandato. Samuel agradou tanto a Deus com sua vida e suas orações que Deus o coloca no mesmo nível de Moises, o maior líder espiritual de Israel: “Disse-me, porém, o Senhor: Ainda que Moises e Samuel se pusessem diante de mim, não poderia estar a minha alma com este povo. Lança-os de diante da minha face, e saiam eles.” (Jeremias 15.1) Tudo isso só aconteceu na vida de Samuel porque ele se deixou consolidar pelo sacerdote Eli, que, apesar de tudo, tinha autoridade sobre sua vida. No entanto, ele mesmo, Samuel, teve um encontro pessoal com o Deus de Israel. A mãe de Samuel entendeu que Deus tinha um projeto maior na vida daquela criança tão indefesa. Por isso, assim que o menino foi desmamado ela o ofertou para trabalhar na casa de Deus com o sacerdote Eli, cumprindo o voto que havia feito. A visão da mãe de Samuel foi maior que seu apego ao menino. Ela não reteve a benção, mas liberou seu próprio filho, ainda um menino, para que ele fosse ensinado por Eli sobre as coisas de Deus e do Seu Tabernáculo. Do ponto de vista humano Eli não era o mais indicado para consolidar Samuel, afinal ele não havia conseguidos consolidar seus próprios filhos, Hofni e Finéias (1Samuel 2.22-34). Mas a consolidação é um processo em que o consolidador indica o Caminho a ser trilhado, a Palavra, e o discípulo decide segui-lo. Samuel fez a decisão certa. A Bíblia diz que Deus faria aparecer no lugar dos filhos desviados de Eli um sacerdote fiel (1Samuel 2.34-35). Chama-nos a atenção, também, o fato de Samuel ter crescido como Jesus. Vejamos: “E o menino Samuel ia crescendo em estatura e em graça diante do Senhor, como também diante dos homens.” (1 Samuel 2.26) “E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2.52) Devemos aprender muito com Samuel. Da sua vida, neste contexto, podemos extrair alguns ensinos importantes para a nossa própria consolidação. Consolidar é trabalhar para que a salvação, as profecias e os sonhos de Deus se concretizem na vida de alguém. Consolidador e todo aquele se empenha para que outra pessoa seja abençoada e cresça na presença de Deus.  1 – Quando nossa vida está estéril, como a de Ana, sem fruto, precisamos buscar a benção de Deus para frutificarmos fazendo um voto de fidelidade ao Senhor e de entrega dos nossos sonhos a Deus. 2 – Quando as pessoas que estão em nosso redor, mesmo as que nos amam, não puderem nos ajudar em nossa dor, Deus vai usar o nosso “sacerdote” (autoridade espiritual sobre nós) para profetizar a benção sobre nossa vida, como Eli fez: “Então Ihe respondeu Eli: Vai-te em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que Ihe fizeste” (1Samuel 1.17). 3- Nem sempre a pessoa que gera um sonho, um projeto, uma vida, é a melhor pessoa para consolidá-lo. Por exemplo: Ana era a mãe de Samuel, mas quem o consolidou foi Eli. Ela o amava mais que todos, mas o liberou para que Eli o consolidasse. Se ela tivesse retido Samuel, ele não teria se tornado o grande líder que foi.  4 – O ministério do discípulo poderá ser maior que o ministério do seu discipulador ou consolidador. Notemos Samuel. Sua integridade e submissão a Eli, seu consolidador, fez com que Samuel tivesse mais abrangência em seu ministério que o próprio Eli.  5 – Todos nós precisamos aprender a ouvir a voz de Deus, mas não podemos desprezar a voz dos que nos ensinaram, ou dos que estão em autoridade sobre nos. Devemos sempre ter humildade e obediência aos nossos líderes, na Palavra e no Espirito desta Palavra. 6 – O ministério que Deus tem para cada um de nós não é nosso, é de Deus. Por isso quando somos incompreendidos, ou mesmo injustiçados, Deus toma a nossa causa, como tomou a de Samuel, dizendo: “não é a ti que têm rejeitado, porém a mim”. Quando estamos nas mãos de Deus, e nos projetos de Deus, quern tocar em nós estará tocando no próprio Deus.  7 – O sucesso do processo de consolidação dos projetos de Deus em nossa vida não é de responsabilidade exclusiva do nosso consolidador: e também nossa. Samuel crescia “diante do Senhor, como também diante dos homens”. Conclusão: Devemos crescer não somente aos olhos dos nossos discipuladores, líderes, pastores, família ou amigos, mas principalmente em fidelidade aos olhos de Deus. Mas isso sempre terá que ser visto também pelos homens, pois foi assim com o nosso modelo: Jesus.