A fé e a fidelidade iniciais!

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“Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.” (Gálatas 5.22) Este e um especial tempo para fidelidade, pois é um tempo de experimentar uma crescente prosperidade na presença de Deus. Se queremos prosperar, frutificar e multiplicar as bênçãos de Deus em nossas vidas e em nossas famílias, ou em qualquer outra área, precisamos aprender a respeito de fidelidade. Mais precisamente, de como sermos fiéis – uma virtude tão cantada e repetida a respeito de Deus, mas poucas vezes praticada pelos que se dizem filhos de um Deus fiel, de Quern deveriam justamente refletir o caráter. 1 – Fidelidade atrai a proteção de Deus A primeira vez que a palavra “fiel” aparece na Bíblia e quando o próprio Deus da um depoimento acerca de Moisés: “Mas não é assim com o meu servo Moisés, que e fiel em toda a minha casa” (Números 12.7) Quando digo depoimento, falo de uma declaração de Deus em favor de Moisés. Que privilégio termos o próprio Deus em nosso favor quando sofremos um julgamentol Naquele momento, Moisés estava sendo julgado por seus irmãos. Miriam e Arão, que chegaram a desdenhar da unção que estava sobre ele: “£ disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu.” (Números 12.2) Quando somos fiéis, o próprio Deus, que tudo ouve, toma partido da nossa causa e sai em nossa defesa. Miriam foi disciplinada por iniciativa e diretamenle pelo Todo-poderoso, como se ela tivesse sido cuspida em sinal de desprezo por seu comportamento infiel. O infiel será desprezado e o fiel será protegido pelo Senhor da justiça. “Respondeu o Senhor a Moisés: Se seu pai lhe tivesse cuspido na cara não seria envergonhada por sete dias? Esteja fechada por sete dias fora do arraial, e depois se recolherá outra vez.” (Números 12.14) 2 – Fidelidade atrai honra e prosperidade da parte de Deus Uma virtude do fiel é a fé. A pessoa sem fé não consegue ser fiel, pois não poderá transmitirá aquilo que não tem para dar aos outros. Se não crê, não merece a credulidade dos outros. Em consequência, não prospera, por não agradar a Deus, nem aos seus líderes. De fato, bem sabemos este princípio: “sem fé e impossível agradar a Deus”, que Se “toma galardoador (recompensador) dos que o buscam” com fé (Hebreus 11.6). O infiel não acredita que Deus use pessoas para serem bênção em sua vida, pois é urn eterno desconfiado, desprovido de fé, de confiança. Pela mesma razão, não tem sonhos. Intranquilo, quando consegue algo, é inconstante nos desejos do seu coração. Desiste facilmenle e leva outros a desistirem. No grego as palavras fé, fiel e fidelidade tem a mesma raiz (pistes). Assim, quem não é fiel não tem fé e quern não tem fé não prospera. O infiel não crê que Deus e recompensador dos fiéis – e por isso diz: “De nada adianta ser fiel”. Quando ele é provado, é reprovado. Para prosperar é preciso crer que vale a pena ser fiel, conforme afirma a Palavra: “Porquê e necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que e” galardoador [recompensador} dos que o buscam.” (Hebreus 11.6b) A primeira vez que a palavra “fiel” aparece no novo Testamento (NT) e” quando Jesus diz: “Quem é. pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento? Bem-aventurado aquele servo a quern o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.” (Mateus 24.45-47, grifo do autor) Portanto, é o fiel quern supervisionará os frutos de toda prosperidade que vem da parte de Deus para nós. O fiel zela pelos interesses dos seus senhores. Enquanto isso, o infiel não honra, pretere, duvida, expõe, e fala mal do seu senhor, com palavras e por meio de ações. E por isso que a segunda vez que a palavra “fiel” aparece no NT é na parábola dos talentos, na qual o fiel confia e o infiel desconfia de quem o desafiou a prosperar. Para justificar seu comportamento de incredulidade, o infiel murmura acusações ao seu senhor, como que explicando por que não frutificou (Mateus 25.23-46). Jesus aproveita esta parábola para ensinar sobre a intenção do coração dos dois tipos de servos: o servo fiel frutifica na bênção do Senhor, mas o infiel e lançado no tormento eterno, na alma e no espírito, perdendo até o que não linha. 3 – Fidelidade só é gerada nos espirituais A única vez que a Bíblia traz a palavra “fidelidade” é no verso transcrito na abertura deste capítulo, de Galatas 5.22 – quando o apóstolo Paulo descreve as qualidades que a personalidade do Espírito Santo reproduzlrá no caráter daqueles que “andam no Espírito”. Isto é, dos “espirituais”. Assim como o amor não depende de quern é amado, e a bondade não depende de quern a recebe, a fidelidade não depende daquele a quern somos fiéis. Quern é fiel, é fiel porquê e fiel, e não porque os outros são, ou deixam de ser. Isso faz parte do seu ser e foi gerado pelo Espírito da Fidelidade, que transmite o caráter fiel de Cristo em nós. Por isso a Bíblia afirma: “Se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo.” (2Timóteo 2.13) O caráter do discípulo não produz argumentos condicionando o seu comportamento ao do seu líder. Se temos o caráter de Cristo, seremos fiéis mesmo diante da infidelidade alheia. A falta de fidelidade dos outros não contamina o caráter de quern verdadeiramente é fiel pelo fruto gerado pelo Espírito. Davl, por seu caráter de fidelidade, não se nivelou a Saul em seu mau caráter permeado de infidelidade. Isto não significa fechar os olhos para os pecados dos líderes e discipuladores. Não! Mas a fidelidade dos discipulos preservará o líder com honra e respeito mesmo diante de eventuais falhas. Se falhas ocorrerem na vida de nossos líderes, teremos que ser como Cristo, de Quern temos o Espírito e refletimos o caráter: advogados, restauradores, reconciliadores e remidores. Vejamos na Palavra como os filhos abençoados de Noé trataram o erro do seu pai (Genesis 9.20-27) e como o profeta Natã tratou o pecado do rei Davi (2Samuel 12). Aprendamos com o Senhor Jesus, que ensina a tratar o pecado daquele com quern temos aliança no Reino de Deus (Mateus 26.74; Marcos 16.7; Joao 21.15). Conclusão: É Tempo de semear a fidelidade no nosso caráter, em nossa família e em nossos discipulos. “Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2.5). Qual sentimento? O sentimento de fidelidade.