A fidelidade dos sonhos de Deus

Home / Ministrações de Célula / A fidelidade dos sonhos de Deus

”Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.” (Hebreus 11.22) José, filho de Israel, também conhecido como José do Egito, e um homem que nos traz a memória e ao espírito o caráter de quern conhece a Deus. José sabia falar a linguagem dos sonhos, por isso Deus Se revelou a ele e Ihe confidenciou o seu futuro. Um futuro de prosperidade no qual até os seus pais e seus irmãos se inclinariam diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve, por Isso, sua túnica de várias cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disso, José possibilitou que a história de Israel fosse um relato de glória e libertação. José tem muito a nos ministrar. São ensinos que atravessam milhares de anos e chegam direto ao nosso coração, porque falam da fidelidade dos sonhos de Deus que, quando são implantados em nosso coração, superam os reveses e transformam a nossa hist6ria. 1 – Deus nos fala através dos sonhos Há dois ou mais tipos de sonhos: os sonhos da alma e aqueles do espírito. Sem podermos nos aprofundar muito nesta área, diríamos que os sonhos da alma se dividem em estruturais e inconscientes. Os estruturais são os sonhos ligados a necessidades que conhecemos ou vivenciamos em nosso corpo. Por exemplo: quando estamos com fome ou com saudades de alguém, ou em determinados estados de tensão, provavelmente nossa mente gerará imagens que, mesmo confusas, estarão relacionadas a essa afetividade, ou necessidade, contida, mas, conhecidas por nós, conscientes, portanto. Os sonhos do inconsciente são aqueles gerados por situações esquecidas, sufocadas, ou não assumidas, tais como desejos proibidos, vaidades, ambições ou mesmo sofrimentos recalcados. Ai a riqueza e a necessidade de interpretação serão maiores justamente pela complexidade e inconsciência dos agentes geradores de tais sonhos. Os sonhos do nosso espírito podem ser gerados pelo nosso espírito, pelo Espírito de Deus ou pela opressão maligna. É aí que surgem sonhos virtuosos e revelações, ou mesmo, resultantes de batalhas espirituais. Judas, o irmão de Jesus, diz: “Contudo, semelhantemente também estes falsos mestres, sonhando, contaminam a sua came, rejeitam toda autoridade e blasfemam das dignidades.” (Judas 1:8) Os sonhos que vêm do Espírito podem vir para avisar, profetizar ou inspirar uma ação ou aproximação maior com Deus. José, chamado de sonhador pelos seus irmãos, também teve experiências nos diversos tipos de sonhos (a história de José pode ser lida em Genesis 37—50). 2 – Devemos compartilhar os sonhos de Deus com quem entende essa linguagem Os irmãos de José é até o próprio pai o criticaram quando ele sonhou que um dia a família se inclinaria diante dele. Tempos depois, isso se cumpriu literalmente, quando José se tornou a segunda pessoa de Faraó e livrou sua família da fome e da morte. Antes, porém, seus irmãos tiveram inveja e por pouco não o mataram. Existem pessoas que se dizem nossas irmãs e são verdadeiras assassinas dos sonhos que Deus coloca em nosso coração. Precisamos estar atentos e velar pela profecia que o Senhor nos ministrou: os sonhos de Deus jamais morrerão em nós, pois não deixaremos que o Espírito de Deus seja extinto em nosso ser – “Não extingais o Espírito” (1Tessalonicences 5.19). Só comparti-Ihe os seus sonhos com quern está em aliança ou sob orientação do Espírito Santo. 3 – Não ceder lugar a vaidade em nossos sonhos O entusiasmo do sonhador pode soar como arrogância aos ouvidos de quern nao está atento a esta linguagem. Quando dizemos que estamos salvos, por exemplo, alguns religiosos nos acham orgulhosos pois para eles a salvação vem por merecimento pessoal e isso significa que estaríamos nos gloriando com esse mérito que seria nosso. Eles não compreendem que: “pela graça” somos salvos, isso não vem de nós, é um presente de Deus; não vem de nossas obras, para que ninguém se glorie {Efésios 2.8-9). E essa mesma graça que nos aproxima dos sonhos de Deus:   “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte.” (2Corintios 4.7)   Os sonhos são de Deus mas nunca poderemos esquecer que os vasos de barro somos nós. Deus engrandecerá o nosso nome na realização dos Seus sonhos, como disse a Abraão, mas será o nome do Senhor Jesus que será glorificado (Genesis 12.2; Galatas 3.29).   4 – Os sonhos de Deus exigem níveis sobrenaturais de cura José sonhou e os seus sonhos se realizaram. A prosperidade e o governo chegaram a ele. Agora os seus irmãos – que nao acreditaram, que invejaram, que tentaram mata-lo – estavam ali diante dele, dependendo dele. O que fazer? José teve que ter um novo nível de encontro. Um encontro de renovação de aliança. Um encontro de rasgar o coração, de gritar e chorar a ponto de todo o Egito ouvir (Genesis 43.30; 45-2). Agora sim, ele estava pronto para governar em paz. Deus curou sua alma e fortaleceu o seu sonho.   5 – Os sonhos de Deus para nos são para a vida terrena e a eterna Há pessoas que só se preocupam com o que vão comer no dia seguinte. Temos que passar pela vida com a visão de que a vida e eterna e que as sementes que plantamos hoje colheremos nos próximos 5, 10, 20, 40 anos e na eternidade. Não devemos ser ansiosos e viver apavorados com o dia de amanhã; Jesus disse que o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mateus 6.34). O sonhador sempre irá colher nos anos futuros o que está sendo semeado hoje. José passou por apertos, injustiças e até prisões, mas seus sonhos foram suficiente para que até seus ossos passassem 400 anos no Egito, atravessassem o deserto com Moisés 40 anos e fossem enterrados na terra prometida com Josué e falassem ao nosso coração milhares de anos depois. Isso e que e visão! Ele desfrutou da prosperidade dos seus sonhos em vida, mas nem a morte fez os seus sonhos pararem de semear boas sementes. Esse e o Espírito da Visão de Cristo em nos. Aleluia!   Conclusão: Somos uma geração de sonhadores. Vamos construir uma cultura de sonhos realizados na unção do Espírito. Porque foi Deus quern nos fez sonhá-los, também Ele irá realizá-los.