A Fidelidade e a Promessa

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“Os quais por meio da fé… alcançaram promessas…” (Hebreus 11.33c)

Ação de prometer aparece três vezes nos evangelhos. São três aparições distintas que nos fazem pensar no projeto de Deus para nós e no engano das promessas humanas, ou malignas. Diz, acertadamente, o adágio popular: “promessa é dívida”. Mas não é só um adágio popular, pois Provérbios 6.1-2 diz que, quando abrimos a nossa boca, ficamos presos ao que falamos, e por isso devemos ter muito cuidado com a nossa palavra.   Jesus diz que as palavras de Deus são alimentos para nossa vida no mesmo nível de importância do alimento físico para nosso corpo natural. Ele disse isso quando o diabo tentou faze-lo dar mais importância ao físico do que ao espiritual (Mateus 4.4).   As nossas palavras são também comparadas, por Jesus, a joias que são retiradas do nosso bom tesouro. Alguém poderia até dizer, com razão, que promessa é diferente de simplesmente dizer uma palavra. Mas, na vida do que é fiel, palavra e promessa não tem muita distinção, ou diferença. Se eu falei, eu falei. Não preciso dizer: isso e uma promessa, ou mesmo, vir a jurar, para que isso tenha a validade de verdade. Acontece que somos filhos da verdade e dos nossos lábios não podem sair mentiras ou palavras improdutivas. Tais palavras são chamadas por Jesus de palavras ociosas, pois cada palavra que proferimos está sendo gravada no tribunal de Deus e delas daremos conta no dia do juízo (Mateus 12.34-36).   Quando emitimos uma palavra, emitimos uma promessa, e uma promessa na boca do fiel é um decreto, um decreto de sabedoria e de vida. Por isso o nosso sim é sim, e o nosso não é não, porque a dúvida e a palavra sem consistência são do maligno (Mateus 5.37). Mas o que fazer quando emitimos um decreto de morte ou damos uma palavra errada? Por exemplo: A primeira vez que aparece o verbo prometer nos evangelhos é para tratar de uma palavra tola, resultado de sedução, embriaguez e vaidade. E quando Herodes promete a filha de Herodias que lhe daria tudo o que lhe pedisse, e ela, instigada pela mãe, pede a cabeça de João Batista (Mateus 14.6-12). 1 – Você pode anular sua palavra quando ela fere uma palavra ou um princípio de Deus (Romanos 3.3-4 e Apocalipse 2.5). A segunda vez que o verbo prometer aparece nos evangelhos é quando Judas recebe a “alegre” promessa de dinheiro para trair Jesus. Nenhum de nós em sã consciência aceitaria qualquer que fosse a quantia de dinheiro para trair Jesus. Mas, como está a sua fidelidade nas primícias, nos dízimos, nas ofertas, e na prioridade de construir os sonhos de Deus para a sua vida? Você assegura que não está trocando a visão de Deus por migalhas oferecidas pelo diabo, ainda que implique em 30 reais ou 30.000 reais, ou mais, em dinheiro? O número 30 na Bíblia fala de mínimo (Mateus 13.8). Foi no mínimo que Jesus foi traído por Judas. São as mínimas coisas que podem nos tirar da rota da bênção, e é por isso que a fidelidade começa no pouco. Quem não e primiciantes, dizimista, e ofertante quando ganha 10 reais, não o será quando ganhar 100; quem não é com 100 não o será com 1.000 e assim por diante. 2 – A sua fidelidade para construir os sonhos de Deus em sua própria vida deve começar sobre as pequenas coisas: pontualidade, compromissos, honra, obediência, dízimos, ofertas, primícias, etc. Assim, você ouvira da sua família, dos seus apóstolos, pastores e líderes, e, mais ainda, do próprio Deus: “No mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade.” (Lucas 19.17) A terceira vez que se menciona a ação de prometer nos evangelhos não se trata de verbo, e não é ação humana. Trata-se de uma afirmativa substantiva de Jesus: “E eis que sobre vos envio a promessa de meu Pai […].” (Lucas 24.49) Trata-se aqui de uma promessa muito maior que dar uma coisa aos discípulos, muito mais que bens materiais: era a promessa do Espírito de poder para conquistar as bênçãos de Deus em todos os níveis. Não obstante esta promessa ser real, ela só pode ser alcançada pelos que creem, pois sem fé não existe aliança com Deus, e sem aliança não participamos da herança e das promessas de vitória sobre todas as nossas lutas e tribulações, conforme disse Jesus (João 16.33). 3 – Nós alcançamos todos os níveis de bênçãos da parte de Deus quando cremos em Suas promessa e perseveramos na fé que frutifica, na construção dos sonhos de Deus. Em Tiago 1.6-8 lemos que aquele que duvida não alcança a promessa, mesmo que a promessa seja de Deus, pois a dúvida não nos leva a “coisa alguma”. Só a fé nos levara a conquistar a multiplicação dos sonhos de Deus para as nossas vidas. 4 – A prosperidade prometida a Abraão e a sua descendência, em Cristo Jesus, tem que ser conquistada:

“Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, se uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12.2-3) “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” (Galatas 3.29).

Há, muito claramente, uma promessa, que vem desde Abraão, para os que creem em Cristo Jesus. Mas, semelhante a Abraão e sua descendência, teremos que conquistá-la, pois mesmo uma promessa de Deus pode ser cancelada se houver infidelidade. 5 – A fé não pode ser exercida sem a materialização da ação humana através da construção do projeto de Jesus neste mundo. Ele diz que se nos frutificarmos, se o nosso fruto permanecer, “tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda” (João 15.16). Qual é o fruto desejado por Deus? Vidas. A minha, a sua, milhares de vidas, todas as vidas (1Timoteo 2.3-8). Quem não faz o que Jesus ordenou, não esta materializando a vontade de Deus, e não é Seu amigo (João 15.14).

Conclusão: Confesse a sua vitória, em Cristo Jesus na ação dos projetos de Deus e persista em todo tempo. Deus o fará multiplicar (João 5.4), se você utilizar a chave da fidelidade para liberar as promessas que Ele fez.