A fidelidade e a restituição

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"… For meio da fé… tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos inimigos." (Hebreus 11.33a-34d)

"Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Genesis 12.3 -grifo do autor)

Nos últimos dias, o Espirito Santo está suscitando em cada um de nós a unção profética para abençoar as famílias. Sem esta unção nao poderemos cumprir a visão de Deus para nos. Cada integrante da família tem o seu papel, a sua função profética. E profetizar e fazer ouvir a Palavra da Esperança que o Senhor Deus quer fazer conhecida a cada pessoa através da revelação bíblica vivificada pelo Espírito Santo.

"Sempre dou graças ao meu Deus, lembrando-me de ti nas minhas orações, ao ouvir falar do amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e para com todos os santos; para que a comunicação da tua fé se tome eficaz, no pleno conhecimento de todo o bem que em nós há para com Cristo." (File-mom 1.4-6 – grifo do autor)

Vimos que a idolatria pela própria família é inimiga da família, e que a omissão de papéis na família é inimiga da descendência e da paz familiar.

Neste capítulo, veremos o último exército inimigo, desta abordagem, que precisamos colocar em fuga: a falta de comunhão e a falta de comunicação que enfraquecem a aliança familiar.

Há muitos livros sobre famílias que podem, e alguns que devem, ser lidos, pois o tema é interessante e abrangente. Entretanto, na Bíblia há uma palavra que traz um sentido muito familiar que precisamos receber em nosso espirito. A palavra e "koinonia". Uma palavra grega que aparece dezoito vezes no Novo Testamento e quer dizer relacionamento próximo, compartilhar, comunicar, mas, na maioria das vezes, e traduzida como comunhão.

O sentido mais forte para comunhão é "compartilhar algum valor, físico, afetivo, ou espiritual".

Na família, a comunhão se expressa em alguns atos simples, mas de grande importância.

Vejamos algumas frases que podem denunciar o nível de comunicação e comunhão na família, e na vida pessoal.

1 – Eu errei!

Reconhecer os erros é sinal afetivo e espiritual de maturidade e comunhão. Só uma alma enferma não consegue reconhecer os próprios erros. É fácil indicar e denunciar as falhas alheias, mas quando se trata de nós, só a cura da alma, pelo Espirito Santo, nos dá essa força. Como tudo na vida, a sabedoria deve definir a dose, pois conviver com uma pessoa que se julga perfeita e a todo momento lhe aponta um erro, é muito difícil. Mas a questão aqui é: cada um de nós deve estar sensível a observar e assumir os próprios erros, com ajuda de outros, ou não, mas sempre com a ajuda da Palavra e do Espírito Santo.

2 – Perdão…

Pedir perdão é estar disposto a não errar mais. Reconhecer o erro e não pedir perdão é o mesmo que saber que está enfermo e não tomar o remédio. Se não pedirmos perdão, não seremos perdoados, e aquele que não é perdoado é condenado e envenenado em si mesmo (Mateus 6.12). Pedir perdão é mais que um ato de extrema coragem, e também um ato de

vitória sobre si mesmo, e sobre os pecados cometidos.

3 – Eu te amo

Expressar o amor é uma das maiores virtudes do ser humano, na semelhança de Deus. O curado se expressa, não se esconde. Muitos de nós não se permitem expressar suas alianças de amor com as pessoas enquanto elas vivem, e queremos depois fazer tributo aos mortos. Não deixe para dizer "eu te amo" no momento de enfermidade ou de morte. Diga "eu te amo" todos os dias, se for possível. E, se não for possível, deixe Deus fazer o impossível acontecer em sua vida (Joao 4.8).

4 – Eu estou…

Diga sempre onde e como você está. Não saia sem dizer aonde vai, e se mudar a rota, informe. Não deixe a sua família preocupada quanto a seu destino ou ao seu estado, pois até o Senhor Jesus fez isso: "Sai do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." (Joao 16.28).

Se sentir algo, compartilhe, seja dor, ou alegria. A família tem direito e precisa participar da sua vida. Se alguém o entristeceu na família, diga: "Eu fiquei triste com tal coisa que você fez…".

As vezes nós não nos expressamos, só acusamos: "Você me ofendeu!" Bern, talvez não seja assim. Talvez eu tenha ficado ofendido com algo que você disse sem, necessariamente, querer me ofender, mas eu me senti ofendido… Por isto, comunique-se: "Então Ihes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo" (Mateus 26.38).

5- Eu pretendo…

Fale sobre seus compromissos, seus pianos e projetos, de curto, médio, e longo prazos. Há pessoas que enrolam, omitem, enganam e não vivem na verdade, nem na família, nem no ministério, pois escondem suas pretensões e intenções do coração. Sabem que irão ficar noivos tal dia e não falam aos pais. Sabem que algo impactara a vida familiar, mas escondem, seja gravidez, enfermidade ou falência; enfim, escondem o seu destino em termos de atitude. Isso não é de Deus.

O Senhor nosso Deus sempre revelou Seus projetos e pianos, com milhares de anos de antecedência. Vamos aprender a abrir os corações com nossa família, e com os nossos discipuladores (Mateus 24.14).

6 – Com licença… posso…?

Mesmo na família existem espaços muito pessoais. Há áreas físicas e afetivas que não podem ser invadidas. É preciso ter muita sabedoria para administrar os ambientes privados na família. Mas precisamos aprender a sermos educados como Jesus e. Ele bate a nossa porta e espera abrir. É claro que isso não anula o poder e a autoridade dos pais em administrar a vida dos filhos e ensiná-los no nível de cada maturidade. Não se pode deixar um adolescente, familiar ou ministerial, administrar sua vida com plena independência, mas não se pode tratá-lo como uma criancinha. É preciso bom senso e compreender que princípios quebrados, seja por crianças, adolescentes, jovens ou adultos trarão consequências, conhecidas ou não deles.

"Daquele a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais ainda se lhe pedirá." (Lucas 12.48)

É claro que, em caso de incêndio, os bombeiros podem até destruir as portas… Deus nos dará sabedoria.

7 – Eu me interesso por suas lutas…

Não pode haver comunhão sem intercessão. Interceder e apresentar a Deus a causa de alguém. Não podemos deixar de orar por nossa família. E isso faz parte da visão de Deus. Ainda que nossos familiares estejam em rota de erro, devemos intercedes pois Deus pode mudar o coração no sobrenatural, afinal, se depender de nós, "serão benditas todas as famílias da terra."

8 – O que eu posso fazer para Ihe restituir do dano causado pelo meu erro?

Perdão sem disposição para a devida restituição e demagogia. É claro que há prejuízos irreparáveis aos olhos humanos, mas, até os tempos "consumidos pelo gafanhoto" Deus tem interesse em restituir, conforme Joel 2.21-32. A dificuldade da restituição sempre será vencida pela verdadeira disposição em restituir.

Conclusão: A fidelidade aos propósitos de Deus nos faz vencer as guerras da falta de comunhão e da falta de comunicação que enfraquecem a nossa aliança familiar.